Raimundo Rodrigues de Sousa (Mundinho Rozendo)

Hoje mais uma vez trazemos ao blog a história de vida de uma das grandes personalidades de Camará. Dessa vez, retrata-se a trajetória de um homem bastante querido por toda a população.

Raimundo Rodrigues de Sousa, mais conhecido como Mundinho Rozendo, empresta seu nome a principal Rua do Povoado, Sogro de uma outra grande personalidade, Expedito Coité e consequentemente Avô do mais nobre camaraense, Dr. Ider.

Com grande satisfação reproduzimos a seguir sua história, em linhas escritas por uma de suas filhas, Vizamar Rodrigues, mais uma que muito contribuiu com o desenvolvimento local, repassando aos nativos seu vasto conhecimento, tanto na condição de professora como de agente de saúde.

Raimundo Rodrigues de Sousa (vulgo Mundinho Roseno) nasceu em Lagoinha – Itapajé no dia 06/10/1911, residiu em Jurema – Canindé até os 17 anos, vivendo de forma submissa e integrada a família e sempre dedicado a religião evangélica.

Posteriormente passou por momentos conturbados, vindo a trabalhar para o Sr. Filomeno de Oliveira em Camará na função de cargueiro, recebida em decorrência de sua responsabilidade e disposição, além de sua experiência tendo em vista que já realizava esse tipo de serviço com seu pai e seu irmão, transportando em animais, cargas de vários lugares até Fortaleza, percurso que perdurava por vários dias.

Além de comerciante foi um experiente agricultor, e por isso podemos dizer que foi um grande lutador.

Casou-se com sua prima, Lidia Henrique Mesquita, filha de Adália Henrique de Mesquita, irmã de seu pai, que era violeiro, cantador de cordel e costumava animar as festas que frequentava, principalmente as de Baixa Grande, Santa Cruz e no próprio Camará. Desse matrimônio sobrevieram 10 filhos, dentre eles os conhecidos, Lourival, Vizamar (Rizomar) e Zilmar.

E assim foi a vida de Mundinho Roseno até se instalar por aqui, muito contribuindo para o desenvolvimento desta comunidade, construindo grandes amizades com os políticos da época, os guardas que desenvolvia os trabalhos de saúde, e várias pessoas de Itapipoca, como o Sr. Antonio Tabosa, seu cumpadre, de quem ganhou uma casa de jogos, que funcionou por pouco tempo, haja vista sua reconciliação com Deus.

Era bastante hospitaleiro, e por conta disso era costumeiro a sua procura por crentes e pastores, também doava animais para transporte de pessoas e cargas.

Foi um grande defensor da escola e fazia isso de forma imperativa, por dispor de grande sabedoria.

Muito contribui para o desenvolvimento da comunidade, influenciando de tudo um pouco, o que muito orgulha sua família.

Ficou viúvo e casou-se novamente, dessa vez com Lídia Mesquita de Sousa, filha de João Roberto, e com ela teve mais quatro filhos, Lidiane, Rodrigo, Vanderlídia e Dênis.

Findou sendo presbítero da congregação, tendo sido dirigente da mesma por duas vezes, faleceu aos 86 anos de idade deixando uma enorme vaga aos seus conterrâneos, amigos e familiares.