Ainda é comum a reunião de amigos em bares e mercearias, com a finalidade de conversar sobre os acontecimentos contemporâneos, política, futebol e religião são os principais assuntos.
Em outros momentos não era diferente, e no Camará, esse ponto de encontro era na mercearia do Severiano, este aqui já retratado.
Os senhores Zacarias da Mota, Antonio Nonato, Juca Fernandes, Manoel Juvenal, Assunção Ferreira e Chico Ferreira eram visitantes cativos e o momento do papo era na matina.
Lá se ouvia Luiz Gonzaga e as cantorias, tocadas no rádio, conversavam sobre os assuntos em alta e depois seguiam para seus afazeres.
No entanto, essa rotina não era permanente, sendo que às vezes o papo ficava tão bom que quando se dava conta já tinha passado do meio dia, é o que diz a tia Filó ao lembrar-se de seu pai. Conta ela, que sua mãe aprontava o almoço por volta das dez da manhã, e ficava a esperar pelo Sr. Zacarias, sendo que muitas vezes este chegava às duas da tarde, ao indagá-lo onde estava, ele respondia: “no Severiano, é que começamos a conversar no noticiário e acabamos na escritura e nem vi o tempo passar”.
A escritura, como chamavam, era o assunto preferido do Sr. Antonio Nonato, muito conhecedor, teve a oportunidade de ler por diversas vezes por completo a bíblia sagrada.
O Sr. Juca Fernandes gostava muito era de futebol, e era um fanático torcedor do “Furtaleza” como chamava o leão do Picí, contrariando o Sr. Severiano torcedor do ferroviário.
Outros frequentadores eram o Sr. Lelim Coité, Mundiro Coité, Antonio Coité, Antonio Zacarias e Chico Tomáz.
Colaboradora: Tia Filó
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